A Polícia Federal concluiu o inquérito que investigava denúncias de racismo e de falsificação de documento envolvendo a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e recomendou o arquivamento do inquérito ao Ministério Público Federal (MPF).
Federação Israelita do RS acionará Ministério da Educação por preconceito contra israelenses na UFSM
Após analisar o despacho do delegado Getúlio Jorge de Vargas, responsável pela investigação, a procuradora Paula Martins Costa Schirmer acatou a decisão. Agora, o documento está sob análise da Justiça Federal, que irá decidir se arquiva ou não o caso.Reitor da UFSM pede desculpas a israelenses
O procedimento policial apurava as circunstâncias da divulgação de um documento, assinado pelo pró-reitor substituto de Pós-Graduação e Pesquisa José Fernando Schlosser, que pedia aos cursos que fornecessem informações à reitoria sobre a presença de estudantes ou professores israelenses na instituição.Em paralelo à parte criminal, a Procuradoria Federal do Direito do Cidadão do MPF analisa o caso na esfera civil e está trabalhando em um procedimento preparatório.
Nesta quinta-feira, às 11h, a procuradora Bruna Pfaffenzeller ouvirá o presidente da Sociedade Beneficente Israelita de Santa Maria, Sérgio Carvalho, e representantes da comunidade israelense de Porto Alegre para decidir se instaura algum procedimento para apurar possível caso de discriminação contra alunos e professores.
Relembre o caso
Um ofício da reitoria, datado de 15 de maio, pedindo informações aos programas de pós-graduação sobre a presença de professores e alunos israelenses, teria sido manipulado e divulgado na internet. A publicação gerou uma notícia-crime ao MPF denunciando suposto antissemitismo pela reitoria. O ofício, segundo a própria reitoria, seria resposta a um pedido feito por meio Lei de Acesso à Informação pela Sedufsm, Assufsm e DCE sobre um suposto convênio entre a UFSM e a empresa israelense Elbit.
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